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Vagas temporárias são vistas como oportunidade para quem quer uma renda extra ou um emprego definitivo 21 de outubro de 2017 | 09:45

Emprego temporário de fim de ano é oportunidade de contrato definitivo

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As vagas temporárias para o fim do ano, principalmente no comércio, podem representar para muitos uma possibilidade de contratação definitiva ou uma renda extra para os gastos de dezembro e janeiro. Em Brasília, pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) indicou que 31,8% dos empresários farão contratações temporárias. As vagas criadas serão aproximadamente 3,9 mil até o Natal. No ano passado, 16,3% contrataram e 3,8 mil postos temporários foram abertos. O levantamento ouviu 425 lojistas de shopping e de rua, de 15 setores diferentes, entre 7 e 9 de agosto. O presidente da entidade, Adelmir Santana, ressalta que a expectativa de contratações ainda está distante dos patamares verificados em anos pré-crise econômica. “Quando a economia estava bem, lá em 2014, esse número era de 7 mil a 9 mil pessoas. Ainda não está estabelecida a confiança plena. Mas já é um sinal de recuperação quando eles [lojistas] dizem que vão contratar pessoas”. Segundo Santana, com a crise, os empresários também estão retardando as contratações. A ideia é, primeiro, ter certeza de que haverá alta no movimento. “No passado [as contratações] eram na segunda quinzena de agosto. Este ano, a perspectiva é só a partir da segunda quinzena de novembro”, explicou. Entre os segmentos pesquisados pela Fecomércio-DF, o de lojas de calçados e acessórios foi o que apresentou maior intenção de contratação temporária (36%), seguido por livraria e papelaria (20,3%); lojas de brinquedos (19%); floricultura e cestas (15,7%); chocolataria (15,5%); vestuário (11,2%); artigos para presente (11,1%); perfumaria e cosméticos (10,7%); eletroeletrônicos (8%) e relojoarias e joalherias (6,5%). As contratações previstas representam uma retração de 16% no número de empregados temporários admitidos no mesmo período do ano passado, que totalizou 12 mil. Para o presidente do CDL-Rio, o país ainda não saiu da crise econômica, apesar da tendência de melhora. “Além disso, o Rio de Janeiro está vivendo um momento muito ruim, com o crescimento da violência, com o desemprego e com o funcionalismo público estadual sem receber em dia”, disse. Desempregado há três meses, o eletricista Luís Cláudio Alves da Cunha, de 45 anos, procurou um dos postos do Sistema Nacional de Emprego (Sine), no centro do Rio, no início de outubro, para recolocação profissional. Ele disse que, apesar de procurar uma vaga definitiva, vai aceitar contrato temporário na expectativa de ser efetivado. Cunha acrescentou que também está buscando trabalho em outras áreas, como vendedor ou motorista. “Eu me sinto triste. A gente não espera [ser demitido]. Eu, pelo menos, fui indenizado”.

Agência Brasil
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