Campanha “Salve o Dique” pode abrir crise entre governo e TV Bahia

A campanha “Salve o Dique”, lançada pela TV Bahia depois que um mau cheiro insuportável no entorno da lagoa começou a provocar protesto de moradores das proximidades e transeuntes, acendeu o sinal amarelo no governo do Estado. Para assessores do governador Rui Costa (PT), a campanha contra uma ocorrência que “não tem mais de dois dias”, não passa de uma estratégia da emissora, de maior audiência no Estado, para adquirir uma espécie de “licença para tentar responsabilizar e, ao mesmo tempo, jogar a população contra o governo”, ao dar legitimidade à intensificação do noticiário sobre o assunto com a utilização, inclusive, de entrevistas com este propósito. Uma fala do secretário municipal de Meio Ambiente, André Fraga, responsabilizando exclusivamente a gestão estadual pelo problema, teria coroado esta avaliação da assessoria de Rui Costa. Enquanto ordens foram dadas para tentar sanar imediatamente o problema, que a Conder e o Inema, órgãos estaduais, alegam decorrer de uma transmutação de algas no Dique, emissários do governo caíram em campo para convencer a direção da emissora da “impropriedade” da campanha que, na avaliação de gente do governo, pode provocar uma crise incontornável com a repetidora da Globo.