25 de setembro de 2017 | 07:30

Planilhas reforçam delação sobre MPs, diz PF

brasil

A Polícia Federal cruzou informações prestadas pelo corretor Lúcio Funaro em delação com movimentações financeiras de empresas do setor de saúde e constatou que doações a políticos e pagamentos a Funaro coincidem com o período em que o Congresso discutia medidas provisórias para a área. O levantamento consta nas investigações do “quadrilhão” do PMDB da Câmara, denunciado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Os investigadores analisaram dados de três HDs apreendidos na casa da irmã do delator, Roberta Funaro, e cruzaram com informações do corretor e de outro colaborador, Nelson Mello, ex-diretor do grupo Hypermarcas. Em um dos casos analisados pela PF, os investigadores encontraram indícios de que o peemedebista Manoel Júnior, vice-prefeito de João Pessoa, atuou em favor das redes Amil e D’Or na MP 656 de 2014. A medida tratava da abertura de capital estrangeiro para hospitais e planos de saúde. Júnior propôs três emendas que previam permissão de capital estrangeiro. O texto original, segundo a PF, não abordava o tema. Nas planilhas de Funaro, Júnior aparece com o codinome “bob-paraíba”. Em 2 de outubro de 2014, conforme a PF, há pagamento de R$ 150 mil em benefício dele – R$ 50 mil foram pagos no escritório de Funaro e o restante por meio de transferências para “bob-paraíba”. Leia mais no Estadão.

Estadão
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