09 de setembro de 2017 | 09:15

Maduro diz estar disposto a se tornar ditador para chegar à paz econômica

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje (8) que está disposto a se tornar um ditador para combater a inflação, garantir a manutenção dos preços à população e chegar à “paz econômica” no país. A informação é da Agência EFE. “Chova, troveje ou relampeje, nós vamos obter a paz econômica, a prosperidade e a estabilidade dos preços. Quero fazer isso de um jeito bom, mas se tiver que ser do ruim, me tornando um ditador para garantir os preços ao povo, eu vou fazê-lo”, afirmou o presidente em um discurso em rede nacional de rádio e televisão. Maduro indicou que o combate à inflação no país deve ser um “objetivo nacional”, que deve unir produtores e distribuidores. No discurso, Maduro disse desejar que o processo para a chegar à prosperidade econômica seja “como uma corrente de água que vai se limpando”. Para o presidente, é preciso expulsar “as águas do caos e da especulação dos preços” porque a Venezuela precisa de estabilidade, de um modelo ganha-ganha [em que a sintonia entre as partes favorece vantagens para ambos]. Maduro indicou que com as recentes medidas econômicas adotadas e a criação de novos mecanismos de controle, como os “fiscais populares”, que denunciarão aos promotores comerciantes que vendam produtos a preços superiores aos fixados pelo governo, conseguirá a paz econômica na Venezuela. Na quinta-feira (7), Maduro fez o anúncio desse conjunto de medidas na Assembleia Nacional Constituinte, formada apenas por chavistas. O presidente entregou oito projetos de lei para consolidar o “modelo socialista” da Venezuela e sair de uma profunda crise que, segundo ele, é de responsabilidade do neoliberalismo capitalista. A principal iniciativa adotada contra crise é o estabelecimento de um novo sistema com o qual a Comissão de Economia Constituinte estabelecerá, junto com os setores produtivos, de distribuição e os consumidores, os preços do leite, do pão, do azeite, do sabão, do macarrão, do frango, entre outros.

Agência Brasil
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