17 de setembro de 2017 | 12:15

Banco vai admitir erros em CPIs no Congresso

economia

O ponto de vista que deve nortear essa autocrítica é de que o banco precisa abandonar seu modo financista, para também se cercar de mecanismos e regras em relação ao que acontece com o capital investido pelo BNDES depois que o dinheiro chega aos beneficiados. Esse discurso deve ficar mais evidente nas próximas semanas, quando supervisores do banco deverão prestar informações às comissões de inquérito abertas no Congresso. Tanto a CPI do BNDES, no Senado, quanto a CPI Mista da JBS, no Congresso, buscam investigar, entre outras coisas, os subsídios concedidos pela instituição à JBS, dos irmãos Batista. Durante o governo Lula, o banco investiu cerca de R$ 10 bilhões na holding J&F – que controla a JBS, dona da Friboi. O próprio presidente do BNDES já começou a dar declarações nesse sentido. O sub-relator da CPMI da JBS, o deputado Delegado Francischini (Solidariedade-PR), prepara agora um requerimento que tem o objetivo de rastrear o “caminho do dinheiro” investido pelo banco na aquisição de empresas nos Estados Unidos, durante a chamada política dos “campeões nacionais”. O pedido deve ser apresentado na próxima reunião da comissão, marcada para a próxima terça-feira.

Estadão
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