07 de setembro de 2017 | 08:30

Após devastar Ilhas do Caribe, furacão Irma deixa Porto Rico no escuro

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O furacão Irma atingiu Porto Rico com chuva torrencial e ventos acima de 250 km/h na noite desta quarta-feira, deixando cerca de 900 mil pontos sem energia elétrica. Mais da metade do país está no escuro e ao menos 50 mil pontos também estão sem abastecimento de água, segundo a agência de gerenciamento de emergências local. As equipes de resgate já estavam empenhadas no auxílio às Ilhas do Caribe pelas quais o fenômeno passou durante o dia, deixando ao menos oito mortos. Em crise econômica e sob cortes de efetivo há ao menos uma década, a estatal responsável pelo fornecimento de energia em Porto Rico alertou que algumas áreas atingidas podem ficar sem luz de quatro a seis meses, devido à deterioração de estruturas muito antigas. O Irma segue classificado na categoria 5, a máxima da escala de furacões, com ventos que podem atingir quase 300 km/h. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) disse que Porto Rico não registrava um furacão da potência do Irma desde 1928, quando o San Felipe matou 2.758 pessoas em Guadalupe, Porto Rico e no Estado da Flórida. A pequena ilha de Barbuda, com cerca de 1,4 mil habitantes, teve 90% do território devastado. Cerca de 60% da população ficou sem moradia, segundo o primeiro-ministro da nação de Antígua e Barbuda, Gaston Browne. Quase todos os edifícios foram danificados e a recuperação pode demorar anos ou até meses, disse Browne, em entrevista à agência Associated Press. Houve registro da morte de uma criança de dois anos, cuja família tentava escapar de uma casa destruída na ilha. As autoridades de Saint Martin também disseram que 95% da parte francesa da ilha foi destruída, assim como o aeroporto, o terceiro com maior número de passageiros do Caribe. Enquanto seguia para o oeste durante a quarta-feira, o furacão destruiu várias pequenas ilhas no caminho. Em Saint Thomas, nas Ilhas Virgens americanas, a moradora Laura Strickling passou 12 horas em um porão sem energia, com o marido e a filha de 1 ano, para se proteger dos ventos. Ao sair, a família encontrou destroços cobrindo a maior parte das ruas, casas de vizinhos derrubadas e a vegetação, antes densa e exuberante, quase totalmente desaparecida.

Estadão
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