Foto: Reprodução/PF
Foram apreendidos ao menos R$ 122 mil na casa do ex-deputado Cândido Vaccarezza 18 de agosto de 2017 | 20:29

PF pega com Vaccarezza preso R$ 122 mil em dinheiro vivo

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O delegado Filipe Hille Pace, da Polícia Federal, afirmou nesta sexta-feira, 18, que ‘chamou a atenção a quantidade de dinheiro’ que o ex-deputado Cândido Vaccarezza mantinha guardada em casa. O ex-parlamentar foi preso em São Paulo na Operação Abate, desdobramento da Lava Jato. Com ele foram apreendidos ao menos R$ 122 mil. “Chamou atenção a quantidade de dinheiro que ele tem em espécie em casa que já sabemos que ele não conseguiu justificar, tentará. O monitoramento da pessoa identificou que ele está pagando despesas do partido, provavelmente com esse dinheiro, então, não identificamos o porquê do dinheiro (em casa), se ele tem razão em corrupção, mas não podemos descartar que seja possível”, afirmou. “Quanto ao Vaccarezza, o dinheiro que foi veiculado as imagens foi encontrado sim na casa dele o que parece totalizando R$ 122 mil, na última contagem. A Abate investiga contratação do fornecimento de asfalto pela empresa estrangeira Sargeant Marine à estatal petrolífera, mediante o pagamento de propinas a funcionários públicos e agentes políticos. Um grupo apadrinhado por Vaccarezza teria usado a influência do ex-deputado para obter contratos da estatal com a empresa estrangeira. Recursos teriam sido direcionados para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes públicos e políticos, além do próprio ex-parlamentar. Esta investigação teve início a partir de relato da delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, em acordo de colaboração celebrado com o Ministério Público Federal. Foram colhidas provas adicionais a partir de buscas e apreensões da 1ª e da 16ª fases da operação Lava Jato, além de resultados de quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático e de pedidos de cooperação internacional. Entre as provas que corroboraram o relato do colaborador estão, por exemplo, documentos que indicam o pagamento de propinas mediante transferências bancárias no exterior, anotações de agendas e arquivos apreendidos em fases anteriores da Lava Jato que descrevem a divisão de comissões resultantes do negócio dentre operadores, funcionários da Petrobrás e políticos.

Estadão Conteúdo
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