Diversidade marca quarto dia atrações da Flipelô

A primeira Feira Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô) chega ao quarto dia com fôlego total, movimentando as ruas e ocupando os espaços do Centro Histórico de Salvador. Neste sábado (12), baianos e turistas puderam conferir gratuitamente espetáculos de teatro, leituras de textos, mostras, exibições e intervenções artísticas. Teve espaço para tudo, sempre em comunhão com a literatura. As atrações para todas as idades continuam até este domingo (13).Uma das características mais elogiadas da Flipelô é o intercâmbio promovido entre a literatura e as mais diversas expressões artísticas. Bule Bule, um dos mestres da cultura popular nordestina mais renomados do Brasil, levou para o público do Teatro Sesc, no largo do Pelourinho, toda a beleza do repente e do cordel. “É uma honra muito grande fazer parte deste evento, ainda mais fazendo essa ponte entre a literatura e as culturas nordestinas, aproximando as duas da juventude, que tem marcado presença aqui”.O teatro também teve vez com lembranças a Jorge Amado, um dos homenageados da feira de literária. Tieta, Dona Flor e Gabriela, personagens de obras clássicas do escritor baiano, ganharam vida com o espetáculo `História de Jorge, Amado`, do grupo Avatar Cia de Teatro. Para o diretor da peça, Sérgio Mício, o momento é de celebrar a cultura baiana. “Somos todos filhos da obra maravilhosa dele e não tinha evento melhor pra celebrar seus 105 anos. A Flipelô está de parabéns. Que venham muitas outras edições”.A jornalista e escritora baiana, Josélia Aguiar, foi a curadora da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip) deste ano e acredita que a Flipelô simboliza um passo adiante para a cultura da Bahia. “Salvador precisava de uma festa literária como esta. Sem dúvida, é uma cidade muito privilegiada, historicamente muito bonita, existe uma cultura local muito forte. Uma feira como essa representa incentivo à leitura, uma forma dos leitores se interessarem ainda mais pelo que é produzido aqui”.