Foto: Arquivo/Estadão
Cavalaria da PM em São Bernardo 24 de julho de 2017 | 17:15

Volkswagen cooperou com a repressão no Brasil, conclui historiador da empresa

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Com o conhecimento de sua direção, a Volkswagen entregou para a polícia durante o regime militar nomes de seus funcionários, enquanto seus próprios seguranças agiam como espiões dentro da empresa. Essas são algumas das conclusões preliminares que o historiador contratado pela empresa alemã, Christopher Kopper, faz sobre o passado da companhia no Brasil. Em entrevista ao Estado, ele confirmou que a multinacional colaborou com os órgãos de repressão do País. Mais de cem pessoas foram prejudicadas diretamente pela ação da multinacional, seja por conta da tortura ou simplesmente perdendo o emprego. O Estado antecipou em reportagem de 2015 que a Volkswagen era a primeira empresa a negociar uma reparação judicialmente por ter financiado ou participado ativamente da repressão à oposição política e ao movimento operário durante a ditadura militar no Brasil. Em 2016, Kopper foi chamado para realizar a investigação sobre a empresa e determinar seu houve algum papel e responsabilidade da cúpula da montadora e a ditadura brasileira. Sua constatação final é de que a colaboração ocorria de forma “regular” e que a cúpula sabia. “O departamento de segurança atuou como um braço da polícia política dentro da fábrica da Volkswagen”, apontou Kopper, que é pesquisador da Universidade de Bielefeld. Leia mais no Estadão.

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