21 de julho de 2017 | 20:45

Fiesp reforça críticas contra o aumento do imposto sobre os combustíveis

economia

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf (PMDB), reforçou as críticas contra o aumento do imposto sobre os combustíveis anunciado na quinta-feira, 20, pelo governo federal, mas tratou de ponderar que o governo ainda tem credibilidade e negou que a confiança da classe empresarial no governo de Michel Temer (PMDB) tenha ficado abalada. “Não é por uma medida que o governo irá perder a sua credibilidade”, afirmou, em entrevista ao Broadcast no edifício da instituição na Avenida Paulista.Skaf foi taxativo em afirmar que houve um erro de Temer em aprovar o aumento da carga tributária, situação que motivou a Fiesp a trazer de volta os patos amarelos infláveis que marcaram a campanha contra o aumento de impostos a partir de 2015 e foram símbolo do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A federação patronal voltou a instalar o boneco inflável de aproximadamente cinco metros em frente à sua sede, enquanto outros patos menores foram distribuídos para a população que passava pela região. “Nesse momento, houve o aumento (dos impostos). Por isso, o pato reapareceu”, explicou.Entretanto, numa estratégia “morde e assopra”, Skaf associou a elevação dos impostos ao descontrole dos gastos públicos da gestão petista, herança que classificou como uma “bomba estourada”. Além disso, tratou de elogiar iniciativas que considera conquistas da gestão de Temer, como a reforma trabalhista e a aprovação do limite dos gastos públicos. Segundo ele, a Fiesp “não apoia, nem deixa de apoiar governos, mas sim projetos”, sinalizando que não pretende romper com Temer, seu colega de partido.

Estadão
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