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Paulo Roberto Salvador, da Atitude, foi enquadrado por lavagem de dinheiro ao supostamente receber R$ 2,4 milhões destinados ao partido por empresário delator da Lava Jato a pedido do ex-tesoureiro João Vaccari Neto 25 de julho de 2017 | 06:50

PF indicia executivo da ‘gráfica do PT’

brasil

A Polícia Federal, na Operação Lava Jato, indiciou por lavagem de dinheiro o bancário Paulo Roberto Salvador, coordenador da Editora Gráfica Atitude, ligada ao PT. Os investigadores suspeitam que a gráfica foi usada para captar propinas do esquema de corrupção na Petrobrás para o partido. “Proceda-se indiciamento de Paulo Roberto Salvador pelo crime de lavagem de capitais previsto no artigo 1.º da Lei n° 9.613/1998, tendo como crime antecedente os crimes de corrupção em detrimento da Petrobrás investigados no âmbito da Operação Lava Jato. O indiciado deverá ser qualificado, pregressado”, decidiu o delegado Ivan Ziolkowski em relatório de 20 de julho. Salvador foi investigado em um inquérito sobre pagamentos supostamente fraudulentos à Editora Gráfica Atitude entre 2010 e 2013. O Ministério Público Federal aponta que parte da propina paga ao ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque foi direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça – delator da Lava Jato -, para a Atitude, a pedido do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Em depoimento na Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, em 17 de maio, Salvador relatou que Augusto Ribeiro demandou reportagens ‘para incentivo do setor petrolífero e a indústria nacional ao custo de R$ 100 mil’ durante 12 meses. Segundo o bancário, ‘se tratava de um modelo de publicidade chamado jornalismo patrocinado o qual são publicadas matérias com viés jornalístico em forma de notícia mas com intenção de projetar um produto ou marca’. Leia mais no Estadão.

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