Foto: Cleia Viana /Câmara dos Deputados
Orlando Silva: há diálogo se Maia não radicalizar à direita 16 de julho de 2017 | 09:15

PCdoB deixa caminho aberto para composição

brasil

Enquanto o PT rejeita qualquer diálogo com o presidente Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), caso ele assuma a Presidência no lugar de Michel Temer, o PCdoB deixou o caminho aberto para uma aproximação. Antagonistas no campo ideológico, os integrantes do PCdoB e Maia sempre mantiveram boas relações no Congresso Nacional. A proximidade pode se transformar em aliança se o deputado do DEM suavizar a defesa da reforma trabalhista. As duas partes têm conversado discretamente sobre isso. No PCdoB, o maior entusiasta da articulação é o ex-ministro Aldo Rebelo, amigo de Maia. Com o acirramento da crise e a radicalização do discurso do PT após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PC do B passou a discutir com outras siglas da oposição, como PDT e parte do PSB, a formação de um bloco parlamentar partidário independente. “Observo no movimento de dois partidos – PT e PSDB – um roteiro de isolamento. Acreditamos que deve haver um diálogo com o PDT e parte do PSB. Sobre Maia, só há espaço de diálogo se ele não tiver um discurso radical de direita”, diz o deputado Orlando Silva (PC do B-SP). Questionada sobre esse cenário, a deputada Luciana Santos (PE), presidente nacional do PC do B, não descartou a aproximação. “O PC do B se caracteriza por ser firme nos objetivos e flexível nas construções políticas que barrem o retrocesso no País”, afirma Luciana.

Estadão
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