25 de julho de 2017 | 17:15

Ministro da Defesa descarta Forças Armadas no policiamento de ruas no Rio

brasil

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, descartou nesta terça-feira 25, a possibilidade de as Forças Armadas atuarem no policiamento das ruas do Rio. Segundo ele, desta vez os militares apenas darão apoio a operações de inteligência das polícias Militar, Civil e Federal. Jungmann também não quis adiantar quando acontecerão essas ações que, afirmou, vão durar até o final de 2018. Em entrevista à Rádio CBN, ele comparou a participação militar na segurança pública ostensiva – que já aconteceu em outras ocasiões – a um período de férias para os criminosos. “Há uma sensação (de segurança) que todos têm quando se vê um soldado patrulhando a rua. Só que aquilo são férias para bandido porque eles sabem que nós temos que sair, que não é possível permanecermos por tempo indefinido. E aí eles simplesmente se retraem, tiram férias, e voltam em seguida à nossa saída. O que precisa fazer é ir aonde está o comando do crime e seus instrumentos, suas ferramentas. Aí você tem, de fato, condições de reduzir a criminalidade, tornando a segurança não algo que vai e vem a reboque da presença de forças ostensivas, mas de fato reduzindo a capacidade da criminalidade. Isso só se faz com inteligência e ação integrada”, defendeu. Jungmann afirmou ainda que a atuação militar no policiamento das ruas custa caro e só é usada quando há um “esgotamento da capacidade de manter a segurança”. A ocupação do Complexo da Maré durante um ano e meio, lembrou, custou R$ 400 milhões aos cofres federais. Na Olimpíada, o envio de 23 mil homens consumiu R$ 3 bilhões. Em sua opinião, os custos inviabilizam a generalização dessa experiência. “Imagina fazer isso em todo o Rio”, disse.

Estadão Conteúdo
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