Foto: Alexssandro Loiola
O baiano Antonio Imbassahy é ministro da Articulação Política do presidente Michel Temer 08 de julho de 2017 | 08:35

Bancada governista baiana culpa Imbassahy por parte da desgraça de Temer

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A bancada baiana aliada de Michel Temer (PMDB) no Congresso achou um bode expiatório na política para a expiação que o presidente tem passado na Comissão de Constituição e Justiça, instância onde a denúncia por corrupção passiva contra ele proposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) será primeiro analisada. Todas as críticas são dirigidas a Antonio Imbassahy, secretário de Governo do presidente.

“A queixa contra Imbassahy é geral. Ele é rejeitado, sem risco de erro, por 99% da bancada”, diz um congressista ao Política Livre, observando que o descontrole da bancada do partido do ministro, o PSDB, completamente dividido entre desembarcar e apoiar o atual governo, é um sinal de que ele perdeu as condições de continuar no cargo. Segundo a mesma fonte, o quadro não é menos diferente em relação à bancada baiana governista como um todo.

“Devem ter confirmados hoje de 28 a 30 votos contra Temer na Bahia. Isso é muito para um ministro da Articulação política que é do Estado”, completa o parlamentar. Um outro político com acesso ao ministro diz que ele cometeu um erro gravíssimo ao aceitar um cargo, para o qual, desde que o mundo é mundo, só vai quem tem intimidade e goza de absoluto grau de confiança do governante.

Ele afirma que até o chefe de Gabinete de Imbassahy é ligado ao seu antecessor, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), preso por ordem da Justiça Federal sob a acusação de obstrução de Justiça, uma prova, em sua avaliação, de que o ministro não conseguiu assumir por completo a função. “Imbassahy é competente, mas está no lugar errado”, acrescenta. Ele culpa também o ministro por ter construído “um biombo” em torno do presidente.

“Ao que parece, Imbassahy filtra as informações que o presidente precisa para as tomadas de decisão. O resultado é esse aí: Temer cada dia mais frágil”, declara, observando que o governo fez uma forte ofensiva sobre os parlamentares nos últimos dias para tentar segurar a votação da CCJ favorável ao presidente. “O presidente realmente ficou numa situação muito difícil”, admite, afirmando que a prova de fogo de Imbassahy será o resultado na Comissão de Constituição e Justiça.

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