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Deputado Bebeto Galvão é um dos articuladores do ingresso de Prates e José Ronaldo no PSB 25 de julho de 2017 | 17:35

Articulação por ingresso de Prates e José Ronaldo no PSB envolve múltiplos atores

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A articulação para o ingresso do presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Leo Prates, e do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, ambos do DEM, no PSB vai além do âmbito local. Fontes ligadas aos dois partidos políticos, que não quiseram se identificar, garantem que o deputado federal Bebeto Galvão (PSB) estaria construindo essa “ponte” para que os dois aliados do prefeito ACM Neto “desembarquem” no partido. Segundo uma das fontes, Bebeto – que é sindicalista, mas que nunca teve espaço no governo Rui Costa e nem do ex-governador Jaques Wagner, devido à “rusga” política com sindicalistas do PT e do PCdoB – para crescer na política precisa construir outros campos de atuação. Com isso, não seria impossível essa aproximação do deputado com o grupo político de Neto, já que alguns partidos com viés mais à esquerda já compõem a base do prefeito da capital baiana, a exemplo do PV e o SD. De acordo com as fontes, para facilitar a “jogada”, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), amigo do vereador Leo Prates, juntamente com políticos daquela cidade, estaria também trabalhando para que o PSB baiano rompa com o governador Rui Costa e se alie a Neto. Nesse caso, segundo as fontes, a “ponte” seria o presidente da Câmara Municipal de Salvador, que hoje estaria muito próximo do ex-prefeito de Juazeiro Joseph Bandeira (SD) que deve apoiá-lo para deputado estadual nas eleições de 2018. As fontes são unânimes em afirmar que se o deputado Bebeto Galvão conseguir fazer com que o PSB rompa com o governo Rui Costa, ele ganharia condições de pleitear a vaga na chapa majoritária de Neto, como candidato ao Senado ou de vice-governador. Vale salientar que, em nível nacional, o PSB já tentou se aproximar do governo Temer antes das delações do empresário Joesley Batista, que envolveram o presidente da República na Operação Lava Jato. A articulação vinha sendo construída pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) que, junto com o PSDB e o PMDB, apoiaria o vice-governador de São Paulo Márcio França (PSB) para o governo do Estado, em 2018. Em contrapartida, Alckmin receberia o apoio de Temer para ser o candidato a presidente nas eleições do ano que vem.

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