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Presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco é um dos que já se deram bem com a denúncia de Janot contra Temer 30 de junho de 2017 | 12:25

Efeitos da denúncia de Janot contra Temer no Congresso são devastadores

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Para júbilo dos parlamentares, especialmente os do PMDB de Michel Temer e do chamado Centrão, onde se agrupavam os principais aliados do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de triste memória, o Congresso transformou-se num dinâmico balcão de negócios após a denúncia do procurador geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da República.

Ciente do seu poder, o presidente da Comissão de Constituição de Justiça, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), por exemplo, cobrou alta fatura para definir um relator “sensível” no colegiado que decidirá se a denúncia de Janot será aceita ou não na Câmara: a troca do presidente de Furnas. Sai Ricardo Medeiros e entra Julio Cesar Andrade.

Pacheco diz que é uma demanda antiga de Minas, mas na verdade é um desejo antigo dele. Se o presidente da CCJ aproveitou a oportunidade criada pela denúncia de Janot para pedir tamanha fatia do Estado, imagine o que estão a exigir, nos corredores e gabinetes do Palácio do Planalto, os deputados que votarão na Comissão.

Temer é indefensável, suas relações antirepublicanas se tornaram vexatoriamente públicas, mas está conseguindo se manter no cargo exatamente na base do toma lá dá cá. Quanto tempo isso vai durar? Enquanto o Estado bancado com o suado dinheiro do contribuinte puder prover a base com mais espaço na máquina pública.

Raul Monteiro*
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