Foto: Reprodução/Metropress
22 de junho de 2017 | 07:57

ACM Neto culpa gestão Dilma por atrasos em obras

salvador

O prefeito ACM Neto (DEM) falou ontem sobre a dificuldade de conseguir a liberação de recursos do Governo Federal para a realização de obras em Salvador. O gestor municipal falou sobre o assunto em entrevista coletiva realizada durante a assinatura da ordem de serviço de uma obra de contenção de encosta no bairro de Sete de Abril.Aliado do governo Michel Temer (PMDB), o baiano teceu duras críticas aos governos petistas. “Acho que tem duas coisas que precisam ser ressaltadas. Por um lado, muitas vezes o governo federal oferece entraves burocráticos que são lamentáveis para aprovação de projetos e liberação de recursos. E quem mora numa área como essa de risco não pode esperar três, quatro ou cinco anos para o recurso ser liberado”, afirmou o prefeito, que hoje tem uma boa relação estando na base do Palácio do Planalto.“Eu nunca escondi que, se nós tivéssemos desde o começo a parceria e o apoio do Governo Federal no período da ex-presidente da República [Dilma Rousseff] poderíamos ter feito muito mais por Salvador. Mas nós nunca fomos de ficar de braços cruzados, lamentando e chorando nossas pitangas. Muito pelo contrário, a prefeitura correu atrás e realizou outras dezenas de encostas com recursos próprios graças a organização das contas”, declarou. A contenção de encosta assinada por Neto será construída na Rua da França.De acordo com o gestor, será investido neste local R$ 1.049 milhão, proveniente de recursos exclusivamente municipais. A encosta possui 30 metros de extensão e contará com 190m² de cortina atirantada. Através da obra, também será efetuada a recomposição da pavimentação da rua. Estima-se que 30 famílias da região sejam beneficiadas diretamente com a contenção.Segundo a prefeitura, desde 2013, gestão municipal já entregou 42 contenções de encostas, que resultaram num investimento de R$ 46 milhões em diversos pontos da cidade. Atualmente, mais 12 obras em encostas estão em andamento, com o investimento previsto de mais R$14 milhões. Também como forma de estabilização de terrenos, 71 geomantas já foram aplicadas, com mais de R$ 7,5 milhões de recursos. “Só quem mora em áreas como a Rua da França sabem a dor e o sofrimento de viver nas áreas pobres dessa cidade. Muitas vezes correndo risco de vida, com deslizamento de encostas e coisas desse tipo. Por isso que a Prefeitura não teve nenhuma dúvida em colocar 76% dos seus recursos e garantir investimentos nas áreas mais pobres de Salvador. Acho que essa é a obrigação maior de quem está preocupado em cuidar da vida das pessoas”, declarou.

Tribuna da Bahia
Comentários