17 abril 2024
Na Assembleia Legislativa da Bahia, em suas últimas seis sessões, as discussões permaneceram travadas por causa de artifícios regimentais utilizados pela oposição – que não pretende dar trégua aos governistas. Ontem não foi diferente. Agora, com a crise política, a situação deve se agravar.O grande desafio do governo é colocar quórum suficiente para votar projetos cruciais para o executivo estadual. “Não votamos na semana passada porque o Governo não tinha quórum para votar”, explica o líder da oposição, deputado Leur Lomanto Jr (PMDB), à Tribuna. “O Governo tem a obrigação de colocar quórum suficiente para colocar os projetos que são oriundos do executivo. Oposição é oposição”, completa. Segundo o parlamentar, a pauta a respeito da mudança nas regras das licenças médicas dos servidores públicos do Estado retira direito dos trabalhadores. “No projeto da licença médica para os trabalhadores que o Governo quer implementar, a oposição entende que retira direitos dos trabalhadores. A priori, se não houver alguma mudança, a oposição vai continuar votando contra”, avisa. Já a situação alega que a oposição tem pedido verificação de quórum no pequeno expediente, quando aliados do Governo do Estados ainda não estão presentes na AL-BA. Líder do governo na casa, o deputado estadual Zé Neto (PT), trabalha nos bastidores para que os deputados compareçam mais cedo nas sessões. Ele afirma que não entende a estratégia da verificação de quórum, já que é o momento que eles mais discursam. “Nós nunca chegamos ali 14h30 porque, quando tem dia de votação, a gente chega mais tarde. A bancada de oposição se reveza e a de governo tem que ficar”, explica. “A vida toda quem mais brigou para não derrubar o pequeno expediente eram eles e agora são eles os que mais derrubam?”, alfineta o petista à Tribuna. Leia mais aqui.