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O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) 28 de maio de 2017 | 11:30

Tucanos pedem a renúncia de Aécio Neves

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No dia 18 de maio de 2013, o senador Aécio Neves deu o primeiro passo em sua caminhada rumo à candidatura presidencial do ano seguinte ao ser eleito presidente do PSDB com 97,3% dos votos dos delegados na convenção da sigla, que aconteceu em Brasília. Foi um evento consagrador. Entre governadores, parlamentares, prefeitos e militantes, cerca de 4 mil tucanos compareceram ao ato partidário. Nos quatro anos seguintes, o tucano comandou o partido de forma centralizadora com o respaldo dos principais caciques da legenda do País. Mesmo após as primeiras citações ao nome de Aécio nas delações da Lava Jato, sua liderança parecia inabalável. A delação da JBS, porém, implodiu a estrutura de poder criada pelo senador mineiro e provocou uma “revolução” nas bases dos partidos. Antes leais a Aécio, esses quadros em ascensão na cena política nacional querem aproveitar para acabar com a era do “caciquismo” tucano. Os chamados “cabeças pretas” pregam agora teses que vão da refundação do partido às eleições diretas para eleger o novo líder da legenda. Esse grupo, que é formado pela “ala jovem” do PSDB na Câmara e prefeitos eleitos no ano passado, também defende o desembarque imediato do governo Michel Temer e a renúncia definitiva de Aécio do comando – o senador foi afastado após as denúncias da JBS. Durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, foram eles que assumiram a linha de frente do partido pressionando os caciques para dar apoio à saída da petista. “Se o PSDB não mudar, será confundido com os demais partidos e vai se afundar”, disse o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, que disse ver espaço para disputa interna. Leia mais no Estadão.

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