27 de maio de 2017 | 09:13

Presos sob suspeita de receber propina para Aécio pedem liberdade

brasil

Presos no dia 18 na Operação Patmos, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima pediram que o Supremo revogue os mandados de prisão autorizados pelo ministro Edson Fachin e solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Medeiros é primo do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), e Mendherson é assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Eles foram presos sob acusação de terem recebido dinheiro em espécie repassado indevidamente pela JBS com destino ao senador Aécio Neves – o valor total acertado é de R$ 2 milhões, segundo as investigações. A defesa de Frederico afirma que a manutenção da prisão é “completamente desnecessária” porque ele “jamais poderá influir” na apuração das suspeitas e que não teria motivo para tentar dificultar novas ações dentro da investigação. Diz também que Frederico e Aécio Neves estão afastados do cargo público e que, desta forma, não seria possível cometer crime em razão do cargo – que é o que a PGR investiga. “A proibição de contato com os demais investigados e o recolhimento domiciliar, evidentemente, já seriam suficientes, visto terem o mesmo efeito da custódia em unidade prisional”, diz a defesa de Frederico Pacheco de Medeiros, pedindo que o cliente possa responder em liberdade eventual ação penal. O advogado de Mendherson Souza Lima afirmou que, “de todo o ocorrido teve participação mínima, conforme se depreende pelo narrado no requerimento do MPF encampado pelo decreto de prisão preventiva, e, em liberdade, não trará nenhum embaraço à ação da Justiça”. A defesa diz que Mendherson “não trabalhava e não trabalhou em negócios escusos do senador Aécio Neves, e muito menos em campanha eleitoral”. “Manter esta prisão porque o agravante ‘seria conhecedor de todas as estratagemas adotadas para ocultar a origem ilícita dos recursos movimentados, gravidade do crime e para impedir a destruição de provas’ sem indicação concreta destes fatos é totalmente desnecessária”, diz a defesa de Mendherson.

Estadão Conteúdo
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