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Offshores citadas na delação de Joesley Batista aparecem em investigações sobre construtoras brasileiras; empresas serviriam para pagar políticos 29 de maio de 2017 | 07:24

Países apuram elo entre a empresa JBS e empreiteiras

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Investigadores que acompanham transações em diferentes paraísos fiscais estão intrigados com uma coincidência: empresas offshore citadas nas delações da JBS também aparecem em investigações sobre construtoras brasileiras. Pessoas próximas aos casos querem saber o motivo pelo qual essas offshores foram utilizadas em diferentes momentos, por pessoas sem relações diretas, mas sempre para transferir recursos a políticos e operadores. Afora o fato de serem investigadas em esquemas de pagamento de propinas a políticos brasileiros, é difícil estabelecer correlações entre a JBS, maior produtora de carne do mundo, com a Queiroz Galvão, empresa que atua nas áreas de engenharia, óleo e gás, ou com a construtora Camargo Corrêa. A partir das várias delações e investigações em crimes de corrupção, porém, novas informações mostram que em algum momento elas tiveram vínculos financeiros. A relação ocorreu de forma indireta, por meio de Lunsville e Valdarco, empresas offshores abertas por Joesley no Panamá, um paraíso fiscal. Joesley contou em sua delação que passou a reservar, para pagar propina, de 1% a 3% do valor de comissões originadas a partir de operações de exportações de várias empresas do grupo. Para movimentar esses recursos, abriu duas offshores: Lunsville Internacional e Valdarco Investments. O dono da JBS, declarou que sempre havia dinheiro para que ambas pudessem fazer remessas a contas em diferentes países e a doleiros no Brasil.

Estadão
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