25 de maio de 2017 | 19:01

Ireuda Silva condena declaração de vereadora do RS

salvador

A vereadora Ireuda Silva (PRB), de Salvador, condenou as frases discriminatórias proferidas por Eleonora Broilo (PMDB), vereadora de Farroupilha, Rio Grande do Sul. Durante sessão na Câmara Municipal da cidade, a peemedebista disse “que os nordestinos sabem muito bem se unir, sim, para roubar. Eles sabem ganhar propina. (…) Talvez até eles não saibam nem falar muito bem, mas sabem roubar que é uma maravilha”. Para Ireuda, a fala traz, além de xenofobia e racismo, ignorância e completo desconhecimento sobre a diversidade da sociedade brasileira. “Ao xingar o povo nordestino, essa parlamentar de mente pequena demonstrou não apenas uma arrogância escandalosa, como também falta de bom senso, de ética e de compreensão de seu dever como agente pública. E o preconceito não atinge apenas os nordestinos, mas todos os brasileiros, incluindo os conterrâneos dessa legisladora. Além disso, ela deve se lembrar que a corrupção é um mal que assola o nosso país desde o período colonial, e está presente em todas as instâncias, estados e cidades, até mesmo nos pequenos municípios interioranos do Sul do país”, disparou a republicana, acrescentando que “não podemos aceitar tal comportamento de alguém eleito democraticamente e que é pago para cuidar dos interesses do povo”. Ireuda também lamentou outros dois casos de discriminação racial que ganharam os noticiários baianos na última semana. Um morador de Nordeste de Amaralina, ao se sentar em um estabelecimento localizado no Salvador Trade Center, foi abordado pela Polícia Militar, acionada pela gerência do local. Em outro caso, uma usuária do Facebook escreveu que lamentava que o atentado terrorista em Manchester, na Inglaterra, não tivesse ocorrido na Bahia. “Seria lindo ver aquela gente nojenta e escurinha da Bahia explodindo”, postou a internauta. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). “Embora o racismo seja um mal antigo, não consigo não me sentir revoltada a cada situação que presencio. Na verdade, faço questão de manter a revolta, que é o combustível para continuar lutando por respeito, dignidade e Justiça”, assinalou a vereadora.

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