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26 de maio de 2017 | 10:24

Greve dos vigilantes de bancos compromete serviços

bahia

A greve dos vigilantes que já duram três dias têm causado transtorno aos clientes de bancos e pacientes do INSS. Agências do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal estão fechadas em shoppings e alguns pontos da cidade, a exemplo do Centro Histórico e Avenida Sete. Apenas os caixas de auto-atendimento estão funcionando normalmente. A greve já tem adesão de cidades por toda a Bahia, causou a suspensão das perícias do INSS ontem (25). De acordo com um comunicado em uma das agências do instituto em Brotas, as perícias serão remarcadas por meio do telefone 135. O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) também suspendeu as atividades.Cerca de 32 mil vigilantes atuam em todo o Estado da Bahia. Deflagrada na última quarta-feira, por tempo indeterminado, a paralisação reivindica reajuste salarial de 7%, ticket refeição de R$ 20, cotas para as mulheres de 30% por posto de trabalho e piso salarial de R$1500. De acordo com lei Federal 7.102/1983, é vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança. Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância do Estado da Bahia (Sindivigilantes), José Boaventura, a categoria está aberta a negociações, desde que beneficiem a classe.
“Os patrões do setor de segurança e vigilância ofereceram 1% de reajuste e permissão para fazermos horas extras em dias de folgas. Essa proposta é indecente, não tem nem o que se discutir”, afirmou. Os grevistas vão se reunir nesta sexta-feira, às 9h, na superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para definir o impasse.
A funcionária pública Sara Menezes, que foi a agência da Caixa Econômica do Centro Histórico para pagar as contas, reclamou da paralisação. “Não consegui atendimento, não dá para fazê-lo nos caixas eletrônicos. É um absurdo essa greve que indiretamente afeta a economia do país”, disse. Já metalúrgica Laura Ferreira Nascimento apoiou a paralisação. “Os bancos não devem funcionar sem segurança, se com segurança é um assalto atrás do outro, imagine como será sem. É até bom para preservar nossa integridade física, só lamento o atraso nos pagamentos”, disse.

Tribuna da Bahia
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