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Jaques Wagner 22 de maio de 2017 | 08:50

“Grampear um presidente é muito perigoso”, diz Wagner

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O secretário do Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner (PT), criticou a Procuradoria-Geral da República após a delação premiada do empresário Joesley Batista, sócio da JBS. Para o político, mesmo sendo abertamente um forte opositor ao governo de Michel Temer (PMDB), um presidente da República não pode ser grampeado. “Eu acho que esse estado policial, grampear mesmo o ilegítimo presidente da República, é algo muito perigoso. Então, eu sou muito mais cauteloso. Temos que pedir Fora Temer, porque ele sentou na cadeira sem o voto, pelo golpe parlamentar”, afirmou aos jornalistas na etapa estadual do 6º Congresso Nacional do PT, esse final de semana. O petista criticou a cobertura do caso, vazado em primeira mão pelo jornal “O Globo”, por parte da mídia. “É um noticiário vazado por uma única empresa de comunicação. Se era algo tão importante, acho que a PGR deveria ter feito uma coletiva e falado”, disse Wagner, que aproveitou para tecer críticas contra Batista. “Eu primeiro acho que, alguém que coloca um gravador no corpo e vai gravar alguém com quem tinha relação, eu nem sei qual é a palavra para desqualificá-lo”, alfinetou. O secretário acredita que a investigação “está totalmente fora de qualquer padrão institucional do Estado Democrático de Direito”. “Virou tortura para conseguir delação, mesmo quando a delação atinge quem eu acho merece ser punido, eu prefiro não fazer coro. Se não, vai virar a Arena dos Impérios Romanos: a PGR vaza pela televisão, a televisão incita o povo e vira um espetáculo. Como eu defendo a democracia e o PT também se baseia na defesa da democracia, tudo o que está fora do padrão de normalidade, para mim não tem o meu aplauso”. Leia mais na Tribuna da Bahia.

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