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Operador Lúcio Funaro 26 de maio de 2017 | 08:49

Funaro diz que dinheiro recebido pela irmã era de contrato com J&F

brasil

O operador Lúcio Funaro contesta a versão de Joesley Batista de que recebia uma mesada na prisão. Funaro diz que o dinheiro entregue pelos Batistas à sua irmã Roberta, flagrada em operação controlada da Polícia Federal, se refere a um acerto de contas de um contrato de R$ 100 milhões que tinha com a J&F, que controla o grupo JBS, para mediar a briga societária que o grupo estava travando com a família Bertin. Funaro está tentando livrar a irmã da prisão, decretada na semana passada na Operação Patmos. A alegação da defesa é a de que Roberta acreditava estar recebendo um dinheiro legal. O advogado de Roberta e que também defende Funaro, Bruno Espiñera, diz que a prisão preventiva decretada foi ilegal já que Roberta não representa risco econômico, não representa risco de fuga, tampouco há risco de continuar praticando atos ilegais, estas todas condições necessárias para a decretação de uma prisão preventiva. Além disso, de acordo com a alegação da defesa, Roberta não poderia ser presa preventivamente por ser provedora de uma criança menor de seis anos e por cuidar da mãe, que está inválida. A exemplo de Eduardo Cunha, que chegou a chorar ao falar de sua esposa e filha na bancada da Câmara, a família é um bem sagrado de Lúcio Funaro e a prisão de uma irmã pode se tornar um divisor de águas no comportamento do operador, segundo fontes próximas. Desde que Funaro foi preso, em julho do ano passado, sua família tem implorado a ele que faça uma delação premiada. A mãe, Neiva Funaro, teve um Acidente Vascular Cerebral há alguns meses e sua condição chegou a fazer crer que Funaro fecharia a delação, segundo relatam alguns amigos. O que até agora não aconteceu.

Estadão
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