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Tasso Jereissati 26 de maio de 2017 | 07:00

Decisão do PSDB só sai após julgamento da chapa, diz Jereissati

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Após uma reunião de quase três horas na residência do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista, da qual participaram o governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), vinculou a decisão do partido sobre a permanência no governo Michel Temer (PMDB) ao julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), previsto para 6 de junho. “Nós estamos dando como uma data importante o julgamento do TSE dia 6, até o dia 6 e ver o que acontece no dia 6”, disse. O novo dirigente tucano disse ainda que qualquer movimentação política vai passar pelo presidente Michel Temer. “Qualquer movimentaçao (em caso de eleição indireta) seria em conjunto com o presidente Temer, qualquer coisa tem que passar pelo presidente e a avaliação dele”, declarou. Jereissati contou que estava viajando para Fortaleza, de onde vai conversar com outros governadores e prefeitos tucanos. Na semana que vem, ele se reunirá com as bancadas do PSDB na Câmara e no Senado para apresentar o resultado das consultas. Além disso, vai conversar com dirigentes de outros partidos aliados, especialmente o DEM. A ideia é desembarcar do governo Temer quando for construída uma candidatura de consenso para disputar os votos do colégio eleitoral em uma eventual eleição indireta. Questionado sobre uma possível candidatura a presidente nesse cenário, Jereissati desconversou. “Nem pensei nisso, ninguém pensou nisso”, afirmou. Comentando a reunião com os tucanos paulistas, o presidente interino reconheceu que existem pontos divergentes entre FHC, Alckmin e Doria, mas não especificou quais. “A unanimidade é: nada se pode fazer se afastando sequer um milímetro da Constituição”, afirmou. Ele reforçou que todos acham que é preciso “tranquilidade e cautela” antes de uma decisão. O senador disse que, com uma aliança com Temer e outros partidos, é possível trazer “paz ao País”.

Estadão
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