29 de abril de 2017 | 13:01

Atos causam divergências entre baianos

bahia

A greve geral que aconteceu ontem em todo o Brasil dividiu a opinião de políticos baianos. Presente nas manifestações ocorridas nas regiões do Iguatemi e do Campo Grande, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) acredita que os protestos serão suficientes para derrotar as reforma trabalhista e previdenciária.“Com esta greve de hoje, vamos inibir a votação da Reforma da Previdência na Câmara, a reforma mais cruel da história do Brasil, onde as pensionistas irão receber a metade da sua pensão, o trabalhador terá que se aposentar para a morte, pois a nossa expectativa de vida não é tão alta no Brasil”, disse a parlamentar, que discursou em um minitrio ao lado da vereadora Aladilce (PCdoB). “As mulheres são as mais prejudicadas, o relator abaixou a idade mínima para 62 anos de idade para as mulheres, mas manteve a exigência dos 25 anos de contribuição. As professoras se aposentarão com a mesma idade dos professores (60 anos). É uma reforma cruel e absurda e não dá para acreditar que quem a redigiu tenha nascido no ventre de uma mulher, deve ter sido parido em chocadeira”, acrescentou a comunista.Por outro lado, o vereador Duda Sanches (DEM) criticou o caráter político das manifestações, principalmente porque um militante supostamente ligado ao governo estadual teria participado da queima de pneus na passarela do metrô no Iguatemi.“É inadmissível a participação de um funcionário público de alto escalão em um triste episódio de depredação do patrimônio público. Ele é um braço forte do PCdoB da Bahia, figura conhecida nas eleições. Nós, cidadãos, teremos que continuar pagando o salário dele?”, questionou, acrescentando que “estão fazendo com o metrô o mesmo que fizeram com o Brasil”. “Protestar é democrático, agredir e usar táticas de vandalismo é inadmissível. Se nada for feito pela direção do partido ficará mais do que clara qual é a orientação do partido para os militantes nesse dia de greve. Essa política do terror só afasta os cidadãos de bem e fragiliza qualquer pleito que estejam fazendo. É lamentável um funcionário publico depredando o que o próprio governo do Estado fez, que se diz o pai do metrô”, acrescentou.

Tribuna da Bahia
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