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O ex-presidente DIlma Rousseff (PT) e o presidente Michel Temer (PMDB) 25 de março de 2017 | 09:33

‘PT tinha pressa de garantir tempo de TV para chapa Dilma-Temer’, diz delator

brasil

O ex-diretor da Odebrecht Ambiental Fernando Cunha Reis disse em depoimento ao TSE que o PT tinha pressa de assegurar o apoio de partidos à chapa Dilma-Temer. Segundo ele, a empreiteira pagou R$ 4 milhões via caixa 2, em dinheiro vivo, ao tesoureiro do PDT, Marcelo Panella, para garantir apoio da sigla. Processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisa pedido de cassação da chapa Dilma-Temer. “Do que me lembro é uma conversa que tive internamente com o diretor de Relações Institucionais da construtora, Alexandrino Alencar. Ele me disse que a pressa que existia era de assegurar o apoio desses partidos para garantir o tempo de TV”, afirmou Cunha Reis. Alencar, de acordo com Reis, mencionou uma reunião entre Marcelo Odebrecht e o ministro da Fazenda à época, Guido Mantega, no qual havia um pedido do petista “para que a Odebrecht consolidasse um apoio financeiro a determinados partidos”. Alencar cuidou do pagamento a PROS, PRB e PC do B e Reis foi escalado para intermediar o pagamento ao PDT. A sigla informou em nota que confirmou apoio à candidatura de Dilma Rousseff em 10 de junho de 2014, “meses antes do suposto pagamento de caixa 2”. “O PDT irá agir no âmbito da Justiça para que o delator comprove o que afirmou”, diz a nota. Mantega não foi encontrado para falar sobre o assunto.

Estadão
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