26 de março de 2017 | 09:50

Pró Lava Jato, protestos voltam às ruas

brasil

Sete meses depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, os grupos que organizaram as manifestações pelo afastamento da petista voltam neste domingo (26) às ruas. Em ao menos 90 cidades brasileiras, os ativistas farão um discurso que bate de frente com o dos políticos que os apoiaram no ano passado e apresentarão uma pauta mais difusa e menos palatável do que o antipetismo que caracterizou os protestos que levaram milhões contra a presidente cassada – o que faz com que a expectativa de público seja menor do que em atos anteriores. As bandeiras comuns aos principais grupos desta vez são o fim do foro privilegiado, o repúdio à proposta de lista fechada nas eleições – modelo em que o eleitor vota em uma lista de candidatos predefinida pelo partido – e o apoio à Operação Lava Jato. A maioria dos movimentos faz críticas ao uso de recursos públicos em campanhas eleitorais e ao aumento do Fundo Partidário. Com exceção do Vem Pra Rua, também apoiam a revogação do Estatuto do Desarmamento, uma pauta até então ausente. “A população está desarmada. Os bandidos, não”, disse a porta-voz do NasRuas, Carla Zambelli. Na Avenida Paulista, região central de São Paulo, também haverá grupos pedindo a intervenção militar. Os protestos ocorrem duas semanas depois das manifestações contra a reforma da Previdência, organizadas por centrais sindicais e entidades ligadas a movimentos sociais, que levaram milhares às ruas em 17 Estados, nas quais foram ouvidos gritos de “fora, Temer”.

Estadão Conteúdo
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