Foto: Marcos Correa/PR
O ministro Henrique Meirelles disse que a queda da economia em 2016 gerou impacto na arrecadação de tributos 07 de março de 2017 | 16:30

Meirelles: governo pode cortar gastos e aumentar impostos, se for necessário

economia

O governo federal poderá cortar gastos e aumentar impostos, se for preciso, para conseguir cumprir a meta de déficit primário de R$ 139 bilhões para este ano. A afirmação é do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista coletiva, após participar de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, hoje (7), em Brasília. O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo sem considerar os gastos com juros da dívida pública. “Nosso compromisso é cumprir a meta de 2017 e faremos o que for necessário, seja contingenciar despesas e, no limite, aumentar impostos”, disse. Meirelles descartou a possibilidade de alterar a meta deste ano. “Mantemos a meta e o compromisso com o resultado primário de 2017”, enfatizou. De acordo com o ministro da Fazenda, se a tendência de anos anteriores fosse mantida, o déficit primário chegaria a R$ 280 bilhões em 2017. Meirelles disse ainda que a queda da economia no ano passado gerou impacto na arrecadação de tributos e, mesmo assim, o governo conseguiu entregar resultado melhor do que o previsto. Em 2016, apesar da ajuda do programa de regularização de recursos no exterior, a chamada repatriação, o governo acusou o pior déficit primário da história, de R$ 154,255 bilhões. O resultado ficou abaixo da meta para o ano que era de R$ 170,5 bilhões.

Agência Brasil
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