25 de março de 2017 | 07:23

Limite da investigação é proporcional ao da corrupção, avisa procurador da Lava Jato no Rio

brasil

A decisão do Supremo Tribunal Federal que fatiou a Operação Lava Jato em setembro de 2015 e tirou processos das mãos do juiz federal Sérgio Moro provocou dúvidas, na época, sobre qual seria o futuro de parte da maior investigação contra corrupção já deflagrada no País. Um ano e meio depois do fatiamento, a parte da investigação que migrou para o Rio e ficou a cargo da força-tarefa da Lava Jato fluminense se desenvolveu e levou para a prisão nomes como o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e o ex-bilionário Eike Batista. E a apuração não vai parar. “As investigações prosseguem e seu limite é proporcional ao limite da corrupção que se instalou de forma sistêmica no Rio de Janeiro… e que parece não ter fim”, afirma o procurador-chefe da Procuradoria Regional da República da 2ª Região, José Augusto Vagos. A Lava Jato chegou ao Rio pela Usina de Angra 3. Depois do fatiamento, em setembro de 2015, a Operação Radioatividade, que havia sido deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato, no Paraná, e mirava em corrupção na Eletronuclear, foi remetida para a 7ª Vara Federal, no Rio. A força-tarefa fluminense foi criada em junho de 2016. De lá para cá, a força-tarefa da Lava Jato no Rio revelou detalhes do suposto esquema de corrupção e propinas na Usina de Angra 3 e na Eletronuclear e apontou propinas ao ex-governador Sérgio Cabral. Denunciado cinco vezes, o peemedebista está preso em Bangu 8, onde também está custodiado Eike Batista. Nesta quarta-feira, 22, a força-tarefa fez sua oitava denúncia na Lava Jato. O Ministério Público Federal acusou cinco ex-dirigentes da Eletronuclear, já presos preventivamente em Bangu 8, e dois sócios da VW Refrigeração por crimes de lavagem de dinheiro somando mais de R$ 2,3 milhões. O caso é desdobramento da Operaçãp Prypriat, que, por sua vez, foi originada da Operação Radioatividade, a investigação que pegou corrupção na Eletronuclear e na Usina de Angra 3, e impulsionou a força-tarefa da Lava Jato, no Rio. Leia entrevista completa no Estadão.

Estadão
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