18 de março de 2017 | 12:40

Ilan: reação sobre recuperação do País poderia ser morna, mas foi positiva

economia

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, relatou neste sábado, 18, que a recepção na reunião financeira do G-20 (grupo dos 20 países mais ricos do mundo) à retomada econômica brasileira foi mais positiva do que o imaginado. “Não que eu imaginasse uma reação negativa, mas poderia ser morna, ok, e não foi”, relatou a jornalistas ao final do encontro.Os motivos para a retomada da atividade no Brasil, segundo Goldfajn, são as reformas e a melhora do ambiente externo. “há uma percepção de que a recuperação vem junto com esse crescimento no mundo”, disse ele, citando que esta é uma das três conclusões a que chegou após o encontro no G-20.O presidente do BC descreveu o que falou ao grupo sobre a recuperação da economia doméstica e a queda da inflação no Brasil. “Falamos das reformas, da conjuntura com a economia se recuperando, a inflação caindo e que a percepção de risco em relação ao Brasil está melhorando. Um exemplo disso é o CDS (Credit Default Swap, um derivativo de proteção que mede a disposição do investidor de arriscar em um ativo) e dei alguns números para todos entenderem”, citou.A primeira grande percepção sobre o G-20, de acordo com ele, é que todas as regiões do mundo indicam melhora em termos de atividade. “Todo mundo está dando sinal de que momento econômico é bom e até mais positivo do que eu esperava receber”, avaliou. Ele falou que os discursos de recuperação da atividade mundial foram bem claros e acrescentou: “não é que os riscos desapareceram, mas a ênfase mudou”.A segunda, continuou, é a intenção de todos os países continuarem a trabalhar junto, sem rupturas. Sobre eventuais as diferenças entre a China e os Estados Unidos, principalmente em relação à abertura comercial, Goldfajn mostrou um tom tranquilo. “Não senti clima de antagonismo, mas de necessidade de conviver. Não vai ser bom para ninguém se houver conflito”, declarou.

Estadão Conteúdo
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