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Rogério Peninha Mendonça 27 de março de 2017 | 07:00

Deputado do PMDB indicou fiscal preso na Carne Fraca

brasil

O fiscal federal Fábio Zanon Simão, um dos alvos da Operação Carne Fraca, que apura corrupção no Ministério da Agricultura, foi indicao ao cargo pelo deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC). O parlamentar foi flagrado em grampo da Polícia Federal nas investigações sobre suposto esquema de propinas envolvendo fiscais do Ministério da Agricultura, em especial do Paraná, e funcionários do de empresas de carnes e processados, entre elas, unidades da BRF e JBS. Ao Estado, Peninha afirmou que tinha “relação de amizade” com o fiscal preso preventivamente e admite ter participado, ao lado da bancada do PMDB, da indicação de Zanon à Agricultura. As investigações apontam que Fábio Zanon Simão teria negociado R$ 300 mil em propinas para autorizar a abertura de um abatedouro de cavalos, a pedido do empresário Nilson Umberto Sachelli Ribeiro, preso preventivamente, e seu pai Nilson Alves Ribeiro, alvo de mandado de prisão. O dinheiro, segundo o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da Operação Carne Fraca, teria sido entregue a Marcelo Zanon, irmão de Fábio. Fábio Zanon foi nomeado em outubro de 2015 para o Ministério da Agricultura, à época chefiado pela senadora atual Katia Abreu (PMDB-TO). A indicação de Zanon à chefia da assessoria parlamentar do gabinete da ex-ministra da Agricultura veio do PMDB. O Estado apurou que o nome dele foi articulado pelo deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC). O parlamentar, citado em grampos da PF, diz ter conhecido o fiscal em 2014, e que a relação entre ambos era “simplesmente de amizade”. “Eu participei da indicação em conjunto com a bancada do PMDB. Nunca imaginava que ele pudesse cometer qualquer delito ou irregularidade. Inclusive foi grampeado e tenho certeza que nunca citou meu nome. Assim como está sendo interrogado e tenho certeza absoluta que não vai envolver nem meu nome nem qualquer deputado da nossa bancada, pois simplesmente nunca participei de nada de errado”, afirma o deputado.

Estadão
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