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Deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) 21 de março de 2017 | 06:35

Cúpula do PR tenta atrair Bolsonaro

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O PR vai tentar atrair o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), que já anunciou que pretende deixar sua atual legenda, o PSC, por desentendimentos com a cúpula da sigla. O parlamentar fluminense é pré-candidato à Presidência da República na próxima disputa, em 2018, e apareceu em quarto lugar na última pesquisa Datafolha, de dezembro do ano passado, com 9% das intenções de voto. As negociações com Bolsonaro estão sendo conduzidas pela cúpula nacional do PR, partido que tem a quinta maior bancada da Câmara, com 39 deputados. O parlamentar fluminense já conversou sobre o assunto com o ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), um dos condenados no processo do mensalão e que exerce forte influência na legenda. Nesta terça-feira, 21, o deputado se encontrará em Brasília com o atual presidente do PR, o ex-ministro Antonio Carlos Rodrigues (SP), para tratar do assunto. Nas conversas que teve até agora com o PR, Bolsonaro tem exigido legenda para concorrer ao Palácio do Planalto em 2018. Dono do sexto maior tempo de TV em 2014 (01’16”04), o partido, porém, ainda não deu essa garantia. Segundo membros da cúpula do PR, está “muito cedo” para definir se a legenda terá candidato próprio à Presidência. Integrantes do PR querem atrair Bolsonaro principalmente pelo potencial de votos que ele traz para eleger candidatos ao Parlamento, foco da sigla em eleições gerais. No pleito de 2014, Bolsonaro foi o deputado fluminense mais bem votado, com mais de 464,5 mil votos. Os filhos dele, que devem migrar para a nova legenda, também são campeões de votos. Carlos Bolsonaro, por exemplo, foi o vereador do Rio mais votado em 2016, com 106,6 mil votos. “O Bolsonaro é um político hoje inegavelmente de muita força eleitoral. Ele é detentor de uma grande parte do eleitorado brasileiro. Para o PR, seria um grande reforço, na minha primeira avaliação”, afirmou o deputado Paulo Feijó (PR-RJ). Ele disse, porém, que a migração de Bolsonaro ainda não foi discutida pelo diretório da legenda no Rio, atualmente comandado pelo ex-governador Anthony Garotinho.

Estadão
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