22 de março de 2017 | 21:44

Aprovação de terceirização é mais uma medida para sugar o sangue dos trabalhadores, diz Valmir

bahia

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (22), o projeto de lei que libera a terceirização da mão de obra em qualquer atividade. Mesmo com a aprovação, a bancada do PT protestou contra a peça sob gritos de “não, não à terceirização”. Deputados federais oposicionistas, como o baiano Valmir Assunção (PT) ocuparam o centro do plenário, segurando boias com o formato de patos, em alusão ao boneco usado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em campanha contra a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e outros impostos durante o governo da presidenta Dilma Rousseff. De acordo com Valmir, este projeto “fragiliza de forma radical as relações trabalhistas para privilegiar os interesses de uma elite empresarial. Significa salários mais baixos e dificuldades para obter benefícios, inclusive a aposentadoria”.Assunção diz que a quarta-feira foi um dia difícil, porque um conjunto de deputados trabalhou para tirar o direito dos trabalhadores. “Nesse projeto eles dizem que vão modernizar a relação de capital e trabalho, mas isso não é verdade. É um retrocesso, tentam voltar ao período da escravidão. A terceirização vai diminuir o salário, vai precarizar o trabalho e ameaçar até o décimo terceiro. Outro aspecto é que as mulheres têm direito à licença maternidade, e com a terceirização isso vai cair. O que vai valer é o contrato temporário de trabalho. É o acordado sobre o legislado, o que vai prevalecer não é a lei e sim o que acordar com o patrão”, detalha o petista. Ele ainda completa que votou contra o projeto, e que “a medida faz parte de uma estratégia de Michel Temer para pagar a conta do golpe contra Dilma”.

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