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Prefeito João Dória, de São Paulo, sabe ser popular 06 de março de 2017 | 09:10

A alternativa Dória, por Raul Monteiro

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Há pelo menos dois meses deputados baianos, alguns, inclusive, ligados umbilicalmente ao prefeito ACM Neto (DEM), fazem referência a uma eventual candidatura presidencial do atual prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB).

Ele é pensado como alternativa principalmente ao governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), seu maior apoiador, para a hipótese de o tucano ser eventualmente colhido por uma das operações em curso no país a partir da Lava Jato.

Seria, inclusive, apoiado por Alckmin no caso de o governador se inviabilizar. A maior vantagem de Dória é ter ingressado só agora na política. A condição o livrou, por exemplo, da vala comum de quem recebeu recursos de caixa 2 de campanha.

É a situação de praticamente todos os políticos hoje, mesmo que dinheiro não contabilizado não signifique propina, a qual pode ser facilmente provada desde que os investigadores não queiram se limitar a análises superficiais do dinheiro que circula em campanhas.

Claro que, para Dória se viabilizar, Alckmin teria que ser tirado do páreo. Mas ele precisa também entregar o que prometeu na prefeitura paulista. A medida do que torna um político popular, essencial a quem quer disputar cargos eletivos, o prefeito tem.

Na campanha, soube se posicionar como um outsider, um gestor e não um político tradicional. A novidade é o aparecimento do nome de ACM Neto como seu eventual vice para 2018. Não confere com nada do que se trata hoje na política na Bahia.

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