10 de fevereiro de 2017 | 15:22

Sócios da Mossack Fonseca presos no Panamá por investigações ligadas à Lava Jato

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Os dois fundadores do escritório de advocacia Mossack Fonseca, envolvido no escândalo “Panama Papers”, foram detidos de maneira preventiva ontem (9), como parte de investigações relacionadas com a Operação Lava Jato no Brasil. As informações são da Agência France-Presse (AFP). Jürgen Mossack e Ramón Fonseca foram levados para uma cela na Direção de Investigação Judicial da Polícia, na capital panamenha, depois de prestar depoimento na Procuradoria, informou Elías Solano, um dos advogados da Mossack Fonseca. Além de Jürgen Mossack e Ramón Fonseca, uma terceira pessoa foi detida. A Procuradoria panamenha fez buscas na quinta-feira nos escritórios da Mossack Fonseca e acusa os sócios de lavagem de dinheiro. De acordo com a procuradora Kenia Porcell, a empresa é supostamente “uma organização criminosa que se dedica a ocultar ativos e dinheiro de origens suspeitas” e serve para “eliminar evidências dos envolvidos em atividades ilícitas relacionadas ao caso Lava Jato”. O advogado Solano afirmou contudo que “todo o Panamá vai poder ver que não existe” lavagem de dinheiro no grupo e que, segundo ele, as acusações são “forçadas, carentes de provas”. Antes de sua detenção, Ramón Fonseca havia acusado o presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, de receber doações da Odebrecht. “Para mim, o presidente Varela – que caia um raio sobre a minha cabeça se eu estiver mentindo – disse que havia aceitado doações da Odebrecht, porque não podia brigar com todo mundo”, disse Fonseca.

Agência Brasil
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