16 de fevereiro de 2017 | 14:30

Projeto de Marta obriga agências bancárias a contratarem vigilantes femininas

salvador

A vereadora Marta Rodrigues (PT) apresentou, na Câmara Municipal de Salvador, um projeto de lei que torna obrigatória a contratação de vigilantes femininas nas agências bancárias da capital baiana. O projeto visa atender a presença de pessoas do sexo feminino nos estabelecimentos que são eventualmente submetidas a revistas e abordagens, além de promover aumento no número de vagas de empregos para as mulheres. Conforme o texto, cada agência que tiver mais de um vigilante masculino ficará obrigada a contratar no mínimo uma vigilante. “É comum nestes estabelecimentos a presença de apenas vigilantes do sexo masculino, ocasionando assim, situações constrangedoras, uma vez que as mulheres muitas vezes carregam consigo artigos de sua intimidade feminina, que em situações de vida cotidiana não mostrariam a um homem desconhecido”, explica a vereadora Marta Rodrigues. Ainda conforme Marta, o projeto de lei, quando aprovado, irá ajudar a amenizar os danos causados pelo desemprego em Salvador, capital do País com o maior número de pessoas sem trabalho. Dados do Dieese, publicados em 27 de janeiro, revelam que índice de pessoas sem trabalho – seja com carteira assinada ou não – subiu de 18,7% em 2015 para 24,1% em 2016: isto significa um total de 456 mil pessoas desempregadas, um aumento de 111 mil de 2015 para ano passado. Outro ponto relevante de análise é que o desemprego na capital baiana atinge em sua maioria as mulheres negras, que equivalem a 54% do total de desempregados. Podemos dizer que a mulher negra é a menos procurada, desejável e empregada no mercado de trabalho e sofre com dois tipos de preconceitos articulados: gênero e raça. “É importante que a intimidade e moral do público feminino seja preservada, evitando situações de constrangimento, em que uma mulher tenha que ser revistada ou ter a intimidade dos pertences que carrega violada por um vigilante masculino, resguardando a integridade de sua intimidade e dignidade”, acrescenta Marta.

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