03 de fevereiro de 2017 | 19:11

Líderes europeus temem que retórica de Trump se transforme em medidas reais

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Líderes da União Europeia (UE) prometeram permanecer unidos, nesta sexta-feira, diante de uma avalanche de críticas por parte do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que começou a minar o uma vez inabalável relacionamento transatlântico. Os líderes revidaram com palavras, evidenciado seus temores de que a retórica da campanha do magnata americano se transforme em políticas reais e divida ainda mais o combalido bloco europeu. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, colocou os EUA na categoria de “ameaça” para UE, na sequência de vários comentários negativos sobre o bloco. “Talvez a melhor evidência de que estamos juntos nesse contexto é o fato de que alguns dos meus colegas me atribuíram um novo apelido, espontaneamente, que é ‘nosso Donald'”, disse Tusk em um encontro de cúpula da UE em Malta, destacando as novas divisões da centenária aliança do continente com os EUA. O presidente francês, François Hollande, disse que era inaceitável que Trump colocasse pressão na UE por meio de declarações. A presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, afirmou que era quase impossível construir uma ponte com Trump porque “hoje estamos nos comunicando com os EUA principalmente pelo Twitter”. O chanceler austríaco, Christian Kern, disse que “Trump precisa ser julgado por suas ações e não por sua retórica e sua campanha eleitoral. Mas agora fez muitas coisas que estão preocupando”, afirmou. “O que aconteceu nos últimos dias não são os valores pelos quais eu estou lutando”, disse Xavier Bettel, primeiro-ministro de Luxemburgo.

Estadão Conteúdo
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