14 de janeiro de 2017 | 09:31

Trump admite que pode remover sanções contra a Rússia

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O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, admitiu que poderia levantar as sanções contra a Rússia e disse que não está comprometido com um antigo acordo entre EUA e China em relação a Taiwan. As declarações são sinais de que ele deve usar todo poder de barganha disponível para realinhar as relações dos EUA com seus principais rivais estratégicos.Em entrevista ao The Wall Street Journal, Trump disse que, “pelo menos por algum tempo”, deve manter intactas as sanções contra a Rússia impostas pela administração Obama em dezembro, em resposta aos supostos ciberataques de Moscou para influenciar a eleição presidencial norte-americana. No entanto, ele sugeriu que pode remover essas penalidades caso a Rússia se mostre útil na guerra contra o terrorismo e ajude os EUA a alcançar outros importantes objetivos.”Se tivermos boas relações e a Rússia estiver mesmo nos ajudando por que haveria sanções?”, disse. O presidente eleito afirmou também que está preparado para encontrar o presidente russo, Vladimir Putin, após tomar posse. “Entendo que eles gostariam de se reunir conosco, e por mim está tudo bem.”O desejo de mudar as relações com Moscou em particular tem sido um objetivo de presidentes dos EUA desde que as tensões começaram a aumentar, sob a Presidência de Vladimir Putin. A ex-secretária de Estado Hillary Clinton fez tentativas nesse sentido no começo da administração Obama, assim como o ex-presidente George W. Bush.No entanto, os esforços diplomáticos de Trump vão encontrar resistência no Congresso, inclusive entre republicanos. Os legisladores querem que a administração adote uma postura mais dura em relação à Rússia após os serviços de inteligência terem concluído que Putin tentou influenciar o resultado das eleições presidenciais com uma campanha de ciberataques.

Estadão Conteúdo
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