Foto: Divulgação/Arquivo
Cícero Monteiro não levou em conta a feroz militância anti-petista do auxiliar que indicou para Rui Costa 21 de janeiro de 2017 | 13:57

Responsável por indicação de Abal, Cícero leva esporro de Rui Costa

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Chefe de Gabinete do governador e um dos homens de sua confiança e do ex-governador Jaques Wagner, novo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Cícero Monteiro foi o responsável pela confusão decorrente da nomeação ontem à noite de Abal Magalhães para a Conder, desfeita hoje pela manhã por Rui Costa (PT) depois de tomar conhecimento de que se tratava de um verdadeiro militante anti-petista. Nas primeiras horas da manhã, ao tomar conhecimento de que nomeara um adversário declarado para um dos órgãos de segundo escalão mais importantes do governo estadual, Costa passou pessoalmente a mão no telefone e deu um tremendo pito em Monteiro. Depois, bateu o telefone, prevendo a grande confusão em que o excesso de confiança no auxiliar estava para lhe causar. O estrago só não foi maior porque, buscando não perder tempo, em seguida Rui ligou para o seu secretário de Comunicação, André Curvello, um técnico da sua mais plena confiança, e o orientou a divulgar assim que acordasse que a nomeação de Magalhães estava cancelada. O perfil excessivamente técnico de Monteiro pode ter levado o chefe de Gabinete de Rui a considerar que a indicação de um ostensivo militante anti-petista para a Conder não causaria a trapalhada que provocou. Ele já teria agido assim antes, sem enfrentar nenhum grande transtorno, ao ter mantido no órgão seu atual dirigente, José Lúcio, que pediu para deixar o cargo agora. José Lúcio é ligado ao ex-governador e ex-senador César Borges, outro adversário dos petistas na Bahia, o que chegou provocar reações contidas entre os petistas na época. A confusão obrigou Rui a anunciar que nomearia ainda hoje o substituto de José Lúcio e o novo secretário de Meio Ambiente, medida que guardava apenas para esta segunda-feira.

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