Foto: Dida Sampaio/Estadão
Rogério Rosso (PSD-DF) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) 23 de janeiro de 2017 | 15:58

PSD fecha apoio a Maia para presidência da Câmara

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Após almoço na residência oficial da Câmara dos Deputados, a bancada do PSD decidiu fechar apoio à recondução de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao cargo de presidente da Casa. A formalização se dará na terça-feira, 24, após conversa do novo líder do PSD, Marcos Montes (MG), com seu antecessor Rogério Rosso (DF), candidato ao posto. Durante o encontro com Maia, os deputados ouviram que em sua chapa haverá lugar para o PSD na Mesa Diretora, seja na segunda, na terceira ou na quarta-secretaria. Os parlamentares demonstraram ressentimento por terem sido preteridos da relatoria da PEC da Reforma da Previdência, mas receberam o sinal de que poderão futuramente relatar projetos relevantes. O PSD também participará das negociações em torno da escolha do novo líder do governo na Casa. Além disso, foi prometido aos deputados um espaço físico melhor para a liderança do PSD na Câmara. “Agora queremos compor com ele (Maia)”, afirmou Montes. A bancada divulgará na terça-feira uma nota oficial ressaltando seu compromisso com a governabilidade e destacando seu respeito a Rosso, que formalmente ainda é líder dos 37 deputados. Preocupado em não melindrar Rosso, Montes conversará com o deputado ainda nesta segunda-feira, 23, e informará que a bancada não apoiará sua candidatura. Na conversa, Montes deve enfatizar que a sigla deu tempo para Rosso se viabilizar politicamente e que se ele quiser continuar na disputa, não terá o apoio dos colegas de bancada. O novo líder da bancada disse que as questões jurídicas envolvendo a candidatura de Maia não preocupam o PSD. “Se houver inviabilidade jurídica, outros candidatos reaparecerão e vamos discutir a situação”, declarou Montes. Amanhã, ele deve se encontrar com Maia em Uberaba (MG) para confirmar o apoio. Isolado do PSD, Rosso vem fazendo uma campanha com foco nos votos individuais. Embora venha sendo estimulando por parlamentares do Centrão a não desistir da candidatura para garantir a realização de um segundo turno, Rosso disse a aliados que, se não tiver o apoio do próprio partido, desistirá.

Estadão
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