Foto: Mateus Pereira/GovBA
Salão da Fundação Luis Eduardo Magalhães no dia da posse dos novos secretários 24 de janeiro de 2017 | 17:00

Posse de novos secretários delineia chapa de Rui para 2018

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A solenidade de posse dos novos sete secretários do governo estadual, ontem, serviu para delinear também a chapa com que o governador Rui Costa (PT) pode marchar para a reeleição em 2018, a qual, pelo menos pelo que se viu no evento, deve envolver a partilha de seus espaços basicamente entre o PT, o PSD, do senador Otto Alencar, e o PP, do vice-governador e secretário de Planejamento, João Leão, na avaliação de políticos do governo e da oposição.

Um dos indicadores de que, ao menos a dia de hoje, PT, PSD e PP estão como que amalgamados no projeto de reeleição de Rui foi o discurso de Otto firmando seu compromisso de lealdade com o governador e com o projeto petista de reelegê-lo. Na semana passada, quando a reforma administrativa estava no forno, o clima não era exatamente esse. Ante a resistência de Rui em ceder a Conder ao senador, ele teria reagido e lhe mandado um recado.

Era mais ou menos o seguinte: só falaria sobre 2018 em março do ano que vem. Já atuando como coordenador político do governo, Jaques Wagner, à época chefe do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, entrou em campo e pediu uma reunião com o presidente estadual do PSD. Espertamente, fez-se acompanhar do vice-governador. Descontraído e direto, Leão já entrou no encontro de sola, pedindo uma reconsideração a Otto dos seus planos.

O secretário de Planejamento teria feito o senador ver que não fazia o menor sentido ele ter mantido a pasta da Infraestrutura e a Desenbahia, além de ter indicado a secretaria de Desenvolvimento Urbano, uma das mais poderosas do governo, na reforma administrativa, e ficar agastado porque não conseguira também a Conder. Era hora de darem-se as mãos e marchar unidos, inclusive fechando o quanto antes todos os espaços da futura chapa de Rui.

Na mesa, pela primeira vez, colocaram em pratos limpos como seria a composição ideal da aliança: Rui na cabeça, Otto na vice, indicando se quiser o filho, Otto Filho, hoje presidente da Desenbahia, e Wagner e Leão ocupando, cada um, as duas vagas disponíveis ao Senado. Simples assim. Provavelmente por gratidão ao bom resultado da interferência de Leão, Rui se desdobrou em mesuras públicas ao vice-governador na solenidade de posse dos novos auxiliares.

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