Foto: Audiência AP
Carmen Lúcia 23 de janeiro de 2017 | 06:55

Para amigos, Cármen Lúcia não tem perfil político

brasil

Com a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, recai sobre a presidente da Corte, Cármen Lúcia, a decisão de escolher o novo relator da Lava Jato ou, no mínimo, de como será feita a escolha. Trata-se de mais um episódio em que a ministra assume um protagonismo institucional – como no caso da crise penitenciária. A atuação da ministra tem feito surgir rumores sobre quais voos ela ainda poderá alçar nesse ambiente político incerto e movediço. Não é difícil encontrar em Brasília quem já cogite a ministra como a solução mais imediata e indolor – caso os desdobramentos da Operação Lava Jato atinjam o presidente Michel Temer. A ideia de um magistrado ocupar o cargo máximo da República não é nova. Durante o julgamento do mensalão, o nome do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa foi muitas vezes mencionado como um possível postulante ao cargo. E, mesmo agora, o juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na primeira instância, é constantemente questionado se aceitaria o desafio de concorrer à Presidência (ao [BOLD]Estado[/BOLD], o magistrado disse que jamais se candidataria).Mas será que a presidente do Supremo teria traquejo para assumir tal desafio? A história da ministra pode oferecer algumas pistas. Quando era professora de Direito na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Belo Horizonte, Cármen Lúcia era conhecida por ser uma ferrenha defensora da Constituição. “Ela era do tipo que vivia com uma Constituição na bolsa”, lembrou Guilherme Coelho Colen, contemporâneo da ministra e diretor da PUC Minas. “Contam que ela teria sido barrada na porta de um restaurante porque estaria desacompanhada. Ela teria tirado uma Constituição da bolsa e dado uma reprimenda no segurança”, relatou o diretor. Leia mais no Estadão.

Estadão
Comentários