24 de janeiro de 2017 | 21:34

Panamá abre investigação contra 17 pessoas ligadas ao escândalo da Odebrecht

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Promotores panamenhos apresentaram acusações de lavagem de dinheiro contra 17 pessoas em uma investigação relacionada a pagamentos de subornos por parte da Odebrecht naquele país. A procuradora-geral Kenia Porcell informou hoje que os acusados também foram chamados a pagar inquéritos. O movimento vem na sequência de investigações iniciadas em março de 2016, depois que a Suíça solicitou ao Panamá assistência judicial para investigações conduzidas no país sobre contas bancárias vinculadas à Odebrecht. Porcell afirmou que entre os acusados estão oito empresários panamenhos e cinco estrangeiros, três funcionários e um oficial da banca privada, cujos nomes não foram revelados. As autoridades estão tocando duas investigações separadas com o Brasil e com os Estados Unidos. O Departamento de Justiça norte-americano informou há semanas que a construtora aceitou pagar subornos multimilionários em vários países da América Latina e da África. De acordo com essas informações, a Odebrecht – que se tornou a maior contratante do Estado panamenho com obras de mais de US$ 9 milhões nos últimos 12 anos – pagou mais de US$ 59 milhões em subornos no Panamá entre 2010 e 2014 durante o governo do presidente Ricardo Martinelli. O governo do presidente Juan Carlos Varela, que assinou contratos com a Odebrecht por mais de US$ 2 milhões, anunciou recentemente que buscaria frear a participação da construtora em futuras licitações. A Odebrecht se comprometeu a pagar US$ 59 milhões ao Panamá como consequência do escândalo.

Estadão Conteúdo
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