05 de janeiro de 2017 | 16:45

Montadoras preveem recuperação em 2017 com crescimento de 4% nas vendas

economia

Após retração na produção e venda de veículos em 2016, as montadoras esperam que o mercado interno do setor se recupere em 2017. A estimativa da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgada hoje (5), é que as vendas cresçam 4% em relação às 2,05 milhões de unidades comercializadas ao longo do ano passado. Em 2016, o setor enfrentou retração de 20,2% nas vendas e queda de 11,2% na produção em relação a 2015. As vendas de carros de passageiros, por exemplo, tiveram queda de 16,7% no ano em relação a 2015, com o licenciamento de 1,48 milhão de unidades. Segundo a Anfavea, um dos fatores que deve contribuir para a melhora da situação são as exportações. No ano passado, as vendas para o exterior cresceram 24,7%, totalizando 520,2 mil unidades. Para 2017, a entidade prevê a expansão de 7% na comercialização de veículos para outros países. “A gente está assumindo que alguns acordos que estão em fase final de negociação deverão ser concluídos”, ressaltou o presidente da entidade, Antonio Megale, que citou as conversas entre Brasil e Colômbia para fechar um acordo automotivo. “A questão da exportação é fundamental para que a gente possa utilizar a nossa capacidade produtiva, jJá que o mercado interno está ainda bastante fraco. O aumento das exportações permite que a produção se mantenha em níveis melhores.” Em dezembro de 2016, as vendas para o exterior bateram recorde, segundo Megale. Foram comercializadas 62,9 mil unidades, um aumento de 36,1% em relação ao mesmo mês de 2015. “Foi o melhor dezembro de exportação da história do país. E o melhor mês desde agosto de 2014”, comparou. Megale espera que setores como o de caminhões e máquinas agrícolas cresçam um pouco acima da média da indústria de veículos como um todo. Em 2016, as vendas caminhões tiveram retração de 30,6% em relação a 2015, com o licenciamento 48,7 mil unidades. “Os caminhões nós voltamos ao emplacamento de 1999 e capacidade ociosa continua acima de 75%”, destacou.

Agência Brasil
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