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Paulo Ferreira 21 de janeiro de 2017 | 08:30

Defesa alega que só em liberdade ex-tesoureiro do PT poderá arrumar dinheiro e pagar fiança

brasil

Mais de um mês depois de ter a prisão preventiva revogada, sob fiança, pelo juiz federal Sérgio Moro, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira ainda não conseguiu deixar a prisão. A defesa alega dificuldade em levantar o dinheiro para pagar a fiança de R$ 200 mil estipulada pela juíza federal Gabriela Hardt, substituta de Moro durante as férias do magistrado. Ferreira foi preso na Operação Abismo, 31.º desdobramento da Lava Jato, em 23 de junho de 2016, que investiga desvios em obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás (Cenpes). Em 16 de dezembro, Moro impôs recolhimento de R$ 1 milhão para Ferreira sair da cadeia. A defesa do ex-tesoureiro entrou com dois pedidos de reconsideração da fiança, alegando que o petista está desempregado e com dívidas. Em 12 de janeiro, Gabriela reduziu o valor de R$ 1 milhão para R$ 200 mil. Os defensores de Paulo Ferreira argumentaram à juíza ‘dificuldades em levantar o valor de R$ 158.770,55 referentes à carta de crédito de consórcio imobiliário que (o petista) mantém junto à Caixa Econômica Federal, eis que a instituição financeira estaria exigindo que somente o requerente, pessoalmente, poderia levantar o numerário’. A defesa ofereceu, como garantia, ‘veículo de sua propriedade que estaria em posse de sua esposa, na cidade de Brasília/DF, e que segundo a tabela FIPE estaria avaliado em R$ 34.988,00’. A defesa do ex-tesoureiro do PT solicitou à Gabriel Hardt que coloque o petista em liberdade ‘com o encargo de, em quinze dias, providenciar o depósito do valor da carta de crédito, e, em trinta dias, complementar o depósito do valor remanescente até atingir R$ 200 mil’. A juíza afirmou que ‘é ônus da defesa comprovar as alegações’.

Estadão
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