Foto: Ab. Brasil
Senador Renan Calheiros 06 de dezembro de 2016 | 11:13

Renan – vítima de corporativismo do Judiciário?

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Que Renan Calheiros (PMDB-AL) é indefensável, ninguém discute. Sua ficha corrida não anima nenhum aliado de sã consciência a sair por aí erguendo barricadas no sentido de enfrentar quem o ataca ou critica. Daí, a retirá-lo da presidência do Senado por uma medida liminar é outra história.

É dessa forma que políticos baianos avaliaram a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ontem, de forma monocrática, afastou Renan do comando do Senado. Para a maioria ouvida pelo Política Livre, Renan pode ter sido vítima de uma retaliação.

Segundo essa avaliação, o corporativismo do Judiciário não teria suportado a postura do senador de defender abertamente a aprovação do abuso de autoridade para juízes e senadores. Outro corrente avalia, no entanto, que o presidente do Senado foi vítima de uma reação a uma manobra do ministro Dias Toffoli.

Toffoli resolveu pedir vistas de um processo que avaliava a incompatibilidade do exercício da presidência do Senado por um senador condenado quando a maioria do plenário já havia se posicionado favoravelmente ao questionamento feito pelo Rede Sustentabilidade.

Por esta razão, Marco Aurélio teria respondido desta forma à provocação do partido. Enfim, os ministros divergem entre si e o resultado é uma decisão que cria mais um impasse para a República. O clima não podia ser pior no Congresso.

O humor de todos se abalou ainda mais depois que o senador Jorge Viana (PT-AC) anunciou que não assumiria qualquer compromisso com a votação em segundo turno da PEC do Teto, mesmo admitindo que o país vive uma crise institucional gravíssima.

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