02 de dezembro de 2016 | 10:05

Ficha de Temer parece que ainda está caindo

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Os jornais informam que o desespero ante a crise já começou a bater na elite, na qual se incluem os banqueiros, e que até empresários já pensam que aumentar imposto é uma boa idéia para superá-la. É desespero mesmo. Mas se quem tem poder e dinheiro chegou a tal conclusão, imagine a situação dos que vivem na parte mais baixa da pirâmide.

O quadro realmente é aterrador e se associa à quase extinção daquela dose mínima de esperança improvável que Michel Temer (PMDB) conseguiu agregar simplesmente por afastar a responsável pela catástrofe. Sem contar que a delação da Odebrecht está batendo às portas e ninguém consegue antecipar quem vai escapar do tsunami que deve começar pelo cerrado.

As previsões são de que também o governo seria atingido em cheio, o que pode diminuir consideravelmente as chances de cumprir sua tarefa de realizar a transição. Além de parecer não ter entendido nada da gravidade do momento político, cercando-se de amigos que muito pouco têm a oferecer, o presidente perdeu a noção da lentidão do governo para reanimar a economia.

Com o aprofundamento dos indicadores econômicos negativos e uma administração endividada como a que herdou do PT, a solução seria exatamente estimular o investimento privado, que não virá enquanto puder aplicar no mercado financeiro sob as taxas estratosféricas de juros que seu governo respalda. Pelo visto, a ficha de Temer ainda está caindo.

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