09 de dezembro de 2016 | 15:15

Calicute não acha contrato de escritório da Sra. Cabral com o Banco Schahin

brasil

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal afirmam que não encontraram, durante busca e apreensão no escritório da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), contrato entre o Banco Schahin e o Hotel Portobello e a banca. O Ancelmo Advogados é alvo de investigação pelo “crescimento vertiginoso” durante os dois mandatos de Cabral (2007 a 2014). A Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que prendeu o casal, afirma que a investigação reforçou os indícios de que o Ancelmo Advogados “é de fato utilizado para a lavagem de recursos espúrios obtido pela organização criminosa liderada pelo seu marido”. “Corroborando a inexistência de prestação de serviços que justificasse a origem dos recursos, em diligência de busca e apreensão no escritório Ancelmo Advogados não foram encontrados documentos físicos ou digitais acerca da empresa Banco Schahin, conforme informação oficial da equipe da Polícia Federal e do Ministério Público Federal que lá esteve. Na mesma ocasião, segundo os informes, os sócios Thiago de Aragão Gonçalves Pereira e Silva e Paula Menna Barreto Marques afirmaram desconhecer a existência de prestação de serviços ou contrato celebrado entre o escritório e as empresas Banco Schahin e Hotel Portobello”, afirma a Procuradoria. A banca Ancelmo Advogados recebeu R$ 35,83 milhões de dez empresas, segundo a força-tarefa formada pelos procuradores Lauro Coelho Junior, José Augusto Simões Vagos, Eduardo Ribeiro Gomes El Hage, Leonardo Cardoso de Freitas, Renato Silva de Oliveira e Rodrigo Timóteo da Costa e Silva. Na lista de empresas que supostamente tiveram contrato com o escritório de Adriana está o Banco Schahin – a instituição financeira pagou a Ancelmo Advogados R$ 726.565,64. “É de se notar que as circunstâncias de alguns pagamentos causam espécie, como os feitos pelo Banco Schahin”, afirma a Procuradoria.

Estadão Conteúdo
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